Sem processo democrático, selecionaram o novo Chefe
Enquanto ainda corria o processo seletivo para Chefe da UE/SC, soubemos, de maneira extremamente dissimulada, da exoneração do Chefe da UE/RR, aprovado em um processo seletivo que ocorreu há pouco mais de dois anos. A exoneração se deveu à má conduta do chefe e foi a terceira do gênero ocorrida com chefes ou coordenadores selecionados por esse modelo de seleção. Isso reforça nossa crítica a esse processo, que privilegia, com pontuação significativa, aqueles que são nomeados com FGs ou FCPEs (antigas DAS), ou seja, aqueles que são diletos da direção anterior, ao invés da eleição democrática, a exemplo do que ocorre nas Universidades e Institutos Federais.
Lamentamos ainda que a cultura institucional do IBGE tenha praticamente vetado a realização da sabatina, programada para que todos conhecessem melhor o perfil dos candidatos. Entendemos que assim o processo só perde qualidade, e se afasta do mínimo de democratização possível. A recusa ao debate público torna o processo, em nossa avaliação, mais fechado e menos transparente.
Desejamos agora um mandato democrático, impessoal e equilibrado ao novo chefe, e que todos sejam tratados igualmente, independente de eventuais divergências. Temos muito trabalho pela frente, se quisermos garantir um IBGE público e forte, com orçamento e pessoal efetivo suficiente para podermos de fato cumprir nossa missão institucional e lutarmos por melhores condições de trabalho e salários.